sexta-feira, 29 de março de 2013

Mombaça - Altura de Saída no Pastejo Ideal

Subpastejo - Pastejo Ideal - Superpastejo

A maior parte da literatura menciona os 90cm a partir do solo como altura ideal para entrada de animais nos pastos de capim Mombaça oque é uma excelente referência.
Quanto a saída , é mencionado de 30cm a 45cm a partir do solo como altura de referência para a retirada dos animais.
No entando, acredito que avaliar a instensidade do pastejo pela observação direta da área é mais produtivo e eficaz.
A foto acima apresenta três estruras foliares com níveis diferentes de pastejo, sendo:
a) A primeira a esquerda, com muita sobra de materia, qualificada como subpastejo, inadequada pois além da ineficiência de colheita, vai influir na conservação de um material mais alto, mais lignificado e menos nutritivo na próxima entrada do gado, além de promover o aumento da presença de hastes não pastejaveis.
b) No centro, pastejo ideal, com consumo de quase toda a estrura foliar mas conservando as "bainhas" (meristema foliar - gemas de brotação foliar). Desta forma, o tempo de rebrota e a qualidade do material a serem produzidos são mais próximos ao ideal desejável.
c) A direita, superpastejo, com consumo de toda superfície foliar, até a haste. O resultado será um tempo maior para a rebrota pois a estrutura terá de ser eregir novamente a partir da base (meristema basal- gemas de brotação próximas ao solo, de onde nascem as haste que sustentarão as folhas) e posteriormente lançar sua folhas.

Panicum maximum - Mombaça Capim

Série Gramíneas Tropicais - Gênero Panicum (Panicum maximum - Mombaça Capim)
HERBERT VILELA
Engenheiro Agrônomo e Doutor

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS
  • Nome Científico: Panicum maximum Jacq vr. Mombaça
  • Origem: África/Embrapa CNPGC – Campo Grande - MS
  • Ciclo vegetativo: perene
  • Forma de crescimento: cespitosa
  • Altura da planta: crescimento livre até 2,00 m
  • Formas de uso: pastejo
  • Digestibilidade: satisfatória
  • Palatabilidade: satisfatória
  • Fotoperíodo: planta de dia curto
  • Número de cromossomos: 2n = 18, 32, 48
  • Tolerância a insetos: sensível à cigarrinha e à lagarta do cartucho
  • Teor de proteína na matéria seca: no inverno 6% e no verão 15%
  • Consorciação: todas as leguminosas
  • Tolerância a solos salinos: pouca tolerância
  • Profundidade de plantio: 1cm
  • Produção de forragem: 20 a 28 t MS/ha/ano
  • Produção de semente: 395 kg/ha

RECOMENDAÇÕES AGRÔNOMICAS
  • Fertilidade do solo: acima de média fertilidade
  • Forma de plantio: semente
  • Modo de plantio: a lanço
  • Profundidade de plantio: 2,0 cm
  • Sementes necessárias: 10 kg/ha
  • Tolerância à seca: baixa
  • Tolerância ao frio: baixa
  • Temperatura ótima: 19,1 – 22,9°C
  • Latitude: 16,3 – 28,7°N e S
  • Precipitação pluviométrica requerida: 1.000 mm/ano
  • Altitude: nível do mar até 2.500 m
  • Tolerância a solos mal drenados: baixa
  • Altura de corte: > 0,30m
  • Luz: não tolera sombreamento
  • Nível crítico de fósforo na MS: 0.185%
  • Adubação: de acordo com as recomendações técnicas determinadas pela análise de solo. O P. maximum produziu maior quantidade de matéria seca quando forneceu 70 kg P2O5/ha, por ano, em oxisol em Carimagua, no CIAT na Colômbia, o máximo de produção de forragem obtida foi quando foram aplicados 100 kg P2O5/ha.
  • Dormência da semente: inexistente
  • Pureza: mínima 30% do chão e 40% do cacho
  • Germinação: mínima 60% do chão e 40% do cacho 

terça-feira, 26 de março de 2013

Desempenho agronômico e análise de crescimento de capins do gênero Cynodon em resposta à frequência de corte / Agronomic performance and growth analysis of Cynodon grasses in response to harvest frequency

O presente trabalho teve o objetivo geral de estudar as respostas produtivas de capins do gênero Cynodon em resposta a estratégias de corte. O experimento foi conduzido no campus da ESALQ em Piracicaba, SP. Foram avaliados três cultivares, Tifton 85 e Jiggs (estabelecidos vegetativamente) e Vaquero (propagado por sementes) submetidos a três intervalos de corte, 14, 28 e 42 dias. O delineamento experimental foi completamente casualizado com arranjo fatorial completo. Foram medidas a produção de forragem, composição morfológica da forragem produzida, o índice de área foliar (IAF), a interceptação luminosa (IL) e altura do dossel. Foi feito também um estudo de análise de crescimento. Os cultivares Jiggs (22,6 Mg MS ha-1) e Tifton 85 (21,8 Mg MS ha-1) apresentaram os maiores acúmulos de forragem total na média das frequências de 28 e 42 dias de rebrotação. Na frequência de 14 dias de rebrotação, não houve diferença para o acúmulo total de forragem entre os cultivares com média de 13,3 Mg MS ha-1. A proporção de folhas, em média, foi maior nas frequências de 14 (69,6%) e 28 (55,2%) dias de colheita no verão. No inverno a proporção de folhas foi de 57,6% e 59,8% para as frequências de 14 e 28 dias de corte, respectivamente. Tifton 85 e Vaquero apresentaram maior porcentagem de folhas no verão, com médias de 63,3% e 56,0%, respectivamente. No inverno o Tifton 85 apresentou maior porcentagem de folha, com média de 63%. As frequências de 14 e 28 dias resultaram em maiores porcentagens de folha. O Jiggs apresentou maior porcentagem de colmo (46,7%) no verão e no inverno (40,0%). A frequência de 42 dias de corte no verão resultou em maior porcentagem de colmo (51,2%) e maior IAF no pré-corte (4,8). No inverno, a porcentagem de colmo (43,9%) e o IAF pré-corte (3,9) também foram maiores sob a frequência de 42 dias de colheita. A altura pré-corte no verão foi maior na frequência de 42 dias com média de 32,7 cm e o cultivar Jiggs foi o que apresentou maior altura pré-corte com média de 26, 5 cm nessa estação. A frequência de 28 dias de colheita no verão resultou em IL de 93,4%. A frequência de 42 dias de colheita gerou maior taxa de crescimento de cultura, TCC (30,9 g MS m-2 dia-1) no verão. Maior taxa de crescimento relativo, TCR, ocorreu nas frequências de 28 (0,26 g g1dia1) e 42 dias (0,32 g g1dia1) também no verão. No inverno, maior TCR foi medida na frequência de 28 dias (0,21 g g-1 dia-1). Maiores razão de área foliar, RAF, e razão de peso foliar, RPF, ocorreram na frequência de 28 dias no verão. Jiggs e Tifton 85 são os cultivares mais recomendados para produção de forragem e a frequência de desfolhação a cada 28 dias é a que garante melhor produção quando o objetivo é produzir massa de forragem com uma proporção maior de folhas. 

http://www.academicoo.com/artigo/desempenho-agronomico-e-analise-de-crescimento-de-capins-do-genero-cynodon-em-resposta-a-frequencia-de-corte 

O Capim Tifton 85

• alta produtividade, com produções anuais na faixa de 20 a 25 t de MS/ha;
• grande participação de folhas na massa total (ao redor de 20%);
• alta densidade populacional de perfilhos (em torno de 11.000/m²) garantindo uma grande ocupação do terreno e conferindo alta "plasticidade" no manejo;
• rápida formação do estande inicial da pastagem, em função do vigoroso crescimento dos rizomas e estolões, ocupando rapidamente o solo;
• grande presença de estolões e rizomas possibilitando uma vasta cobertura do solo, o que dificulta a ocorrência de erosões e o aparecimento de plantas invasoras;
• resistência ao frio (incluindo geadas) e tolerância ao fogo em função da presença dos rizomas;
• grande flexibilidade de uso, podendo ser empregado tanto para pastejo como para conservação de forragem nas mais diversas formas (feno, silagem ou pré-secado);
• baixa susceptibilidade a doenças e razoável tolerância à cigarrinha das pastagens;
• adaptação a variados tipos de solos (textura) e a uma grande diversidade de climas;
• alta capacidade de resposta a fertilizações;
• alto valor alimentício em função de apresentar elevados níveis nutricionais e uma boa digestibilidade (55 a 60%) em relação a outras forrageiras tropicais.


http://www.planoconsultoria.com.br/site/circular7.html

quinta-feira, 21 de março de 2013

Tifton 85 - Tire Suas Dúvidas

O que é a Tifton-85?
Gramínea do gênero Cynodon spp, híbrido estéril resultante do cruzamento da TIFTON - 68 com a espécie Bermuda Grass da África do Sul (PI 290884), que é considerada a melhor do mundo existente no gênero. Gramínea perene estolonífera com grande massa folhear, rizomas grossos, que são os caules subterrâneos que mantêm as reservas de carboidratos e nutrientes que proporcionam a sua incrível resistência a secas, geadas, fogos e pastejos intensivos. 



Qual a produção anual de matéria seca por hectare (MS/Ha/Ano)?
A produção média é em torno de 20 Toneladas de (MS/Ha/Ano) em seis cortes anuais
.



Outras Perguntas
Onde foi desenvolvida a Tifton-85?
Que Características a Tifton-85 apresenta que a diferencia da Tifton-68?
Onde pode ser plantada e como plantar a Tifton-85?
A pastagem de Tifton-85 é recomendada para que tipo de animais?
A Tifton-85 é indicada para fenação?
Qual a produção anual de matéria seca por hectare (MS/Ha/Ano)?
Qual a adubação sugerida de plantio e cobertura?
Como devo preparar o solo?
Quanto tempo leva para a pastagem de Tifton-85 estar formada?
Posso plantar a Tifton-85 em consorciação com outra gramínea ou leguminosa ou outras variedades?
Minha região é de várzea, posso plantar a Tifton-85 nessa região?
A Tifton-85 tolera queimadas ou geadas?
Qual a melhor época para plantio da Tifton-85?
Qual a quantidade necessária para formar um hectare de Tifton-85?
Uma pessoa consegue plantar quantas sacas de Tifton-85?
Quantas sacas de Tifton-85 cabem num caminhão?
Qual o prazo de validade das Mudas?
Quanto custa uma saca de Tifton-85?
Quanto é o frete para a minha região?
No simulador a quantidade mínima é de 100 sacas, mas eu preciso de menos, como faço?
Vocês entregam na minha fazenda?
Qual é o prazo de entrega?
Existem Sementes de Tifton-85?

https://www.tifton-85.com.br/tire_duvidas.php

quarta-feira, 20 de março de 2013

Gramínias Anuais de Inverno


Conheça mais sobre Aveia Preta, Azevém, Centeio, Alfafa e outras gramínias de inverno.


Manejo da Resistência de Spodoptera Frugiperda a Inseticidas e Plantas Bt

Capa da publicação.

Esta é uma das lagartas que atacam as pastagens.
O uso consciente de inseticidas preve o manejo dos princípios ativos de modo a não favorecer o desenvolvimento de resistência por parte das pragas. Conheça um pouco mais sobre como agem os inseticidas e como maneja-los para evitar o desenvolvimento de resistência.

Intensificação Viabiliza Pequena Propriedade


Reservatório com pasto irrigado ao fundo - Sítio Sr. Jair Honório.

430 litros de Leite em 2,4ha
Esta é média diária de produção de leite no Sitio do Sr. Jair Honório no segundo ano de implantação do Pastejo Intensivo, Rotacionado e Irrigado.
Para atingir a produtividade adequada esta propriedade foi planejada para ser eficiente e simples. O layout de ocupação da área foi concebido para privilegiar a produção de leite a pasto. O posicionamento de cada elemento; sala de ordenha, curral, módulos de pastejo, recria, áreas de sombra, reservatório e outros, foi pensado para facilitar o dia a dia e maximizar a utlização da área. 


Vacas lactantes no piquete de Jiggs - Sitio Sr. Jair Honório.

16 UA por hectare
No momento da seleção da cobertura vegetal para compor as pastagens foi escolhido o Jiggs, uma cultivar da Grama Bermuda, de excelente palatabilidade e digestibilidade.
Com alto teor de proteína (de 16% a 23% de proteína), essa gramínia de clima temperado tem uma supreendente capacidade de produção de volumoso. Seu ciclo de produção é em média de 18 dias mas no alto verão pode encurtar para até 12 dias.
A ocupação média durante o primeiro ano foi de 16 UA por hectare, sendo que no inverno (Maio a Setembro) os animais mais produtivos tiveram suas dietas complementadas por cana de açucar triturada.
A adubação química de correção, com macros e micros nutrientes e a calagem são feitas anualmente antes da entrada das chuvas e a adubação orgâncica com esterco de galinhas poedeiras foi dosada em 1,2 Kg/m² divididos em duas aplicações, sendo uma antes do inicio da primavera (final de agosto) e outra antes do início do outono (final de abril).
No primeiro ano não foi feito plantio de forrageiras de inverno (Aveia e Azevén).

Pasto de Jiggs - Sitio Sr. Jair Honório.